sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

A banca no jogo da batalha naval…mais um ao fundo

E já lá vão de 2007 a 2015, cerca de 13 mil milhões de euros de “ajudas” ao sector. Agora o Estado fica com três mil milhões empatados no Banif. E com isto os oligarcas estão cada vez mais ricos…São as ”regras europeias” dizem.
Maria Luís Albuquerque, diz que há um problema de supervisão (TVI). Parece aquelas meninas queixinhas que atira as culpas para as amiguinhas das maratonices que andaram a fazer… Isto depois dos elogios, da defesa e da recondução do Carlos Costa. O tal cujas principais preocupações parecem ter sido mentir aos portugueses e insistir na flexibilização e nos custos laborais.
O economista de Belém, que nunca tinha dúvidas, depois de andar na bajulice ao PSD-CDS em nome do “superior interesse nacional”, com “o bom caminho”, etc., assobia para o ar.
O sistema financeiro da UE vive da mentira, encoberto pelo BCE. Na França e Alemanha, mascaram-se as contas principalmente à custa do garrote à Grécia, 
A “economia de sucesso” – a de “mercado”, claro – apregoada pelos comentadores de serviço não passa de uma superstição ao serviço da oligarquia e sua clientela amesendada nos OE, isto é, às suas funções sociais, impostos e direitos laborais.
Porém, o problema das superstições é que quanto mais evidentes são os seus erros, mais os seus defensores a elas se aferram. Por isso reclamam, mais do mesmo, mais “Europa”, “união bancária”, dirigida por um BCE totalmente incapaz de gerir o sistema financeiro, de encaminhar o crédito para o sistema produtivo, cúmplice das fraudes, e que apenas se mostra capaz de impor austeridade e despejar 60 mil milhões de euros por mês para a finança que logo os transforma em capital fictício: dívidas impagáveis, usura e especulação
Desde 2008 que o sistema financeiro dos EUA e UE está em crise, vive da mentira, incapaz de reconhecer os problemas estruturais. Nem pode, pois isso liquidaria o poder da oligarquia devolvendo-o à democracia e aos povos.
O dinheiro é criado, sem controlo do Estado. Cada banco pode emprestar 90% dos seus depósitos, esta verba pode circular pelo sistema em aplicações especulativas multiplicando-se na base de retenção de apenas 10%, de forma que ao fim de um certo número de operações – elas multiplicam-se a uma velocidade vertiginosa eletronicamente – a verba encontra-se multiplicada, por ex. quase 7 vezes ao fim de 10 operações. Capital, fictício, que circula sem nada produzir.
Chamaram a isto “eficiência”, e foi a forma de desviar o planeamento económico do poder público para os banqueiros. Deu no que deu. Mas eles querem mais e pelos vistos, para esta gente o problema grave é o salário mínimo ser aumentado.
Conforme afirma Marx no Capital, “A usura empobrece e paralisa as forças produtivas em vez de as desenvolver, não altera o modo de produção mas liga-se a ele como parasita, impede a produtividade social e o trabalho de se desenvolverem”.

O único “risco sistémico” é manter a oligarquia monopolista e financeira como detentores de um poder de chantagem sobre os povos liquidando a democracia. Impõe-se o planeamento democrático do desenvolvimento, o controlo público do sistema financeiro e a base do crédito estar apoiada em instituições públicas.