E já lá vão de 2007 a 2015, cerca de 13 mil milhões de euros de “ajudas” ao sector. Agora o Estado fica com três mil
milhões empatados no Banif. E com isto os oligarcas estão cada vez mais
ricos…São as ”regras europeias” dizem.
Maria Luís Albuquerque, diz
que há um problema de supervisão (TVI). Parece aquelas meninas queixinhas que
atira as culpas para as amiguinhas das maratonices que andaram a fazer… Isto
depois dos elogios, da defesa e da recondução do Carlos Costa. O tal cujas
principais preocupações parecem ter sido mentir aos portugueses e insistir na
flexibilização e nos custos laborais.
O economista de Belém, que
nunca tinha dúvidas, depois de andar na bajulice ao PSD-CDS em nome do
“superior interesse nacional”, com “o bom caminho”, etc., assobia para o ar.
O sistema financeiro da UE
vive da mentira, encoberto pelo BCE. Na França e Alemanha, mascaram-se as
contas principalmente à custa do garrote à Grécia,
A “economia de sucesso” – a
de “mercado”, claro – apregoada pelos comentadores de serviço não passa de uma
superstição ao serviço da oligarquia e sua clientela amesendada nos OE, isto é,
às suas funções sociais, impostos e direitos laborais.
Porém, o problema das
superstições é que quanto mais evidentes são os seus erros, mais os seus
defensores a elas se aferram. Por isso reclamam, mais do mesmo, mais “Europa”,
“união bancária”, dirigida por um BCE totalmente incapaz de gerir o sistema
financeiro, de encaminhar o crédito para o sistema produtivo, cúmplice das
fraudes, e que apenas se mostra capaz de impor austeridade e despejar 60 mil
milhões de euros por mês para a finança que logo os transforma em capital
fictício: dívidas impagáveis, usura e especulação
Desde 2008 que o sistema
financeiro dos EUA e UE está em crise, vive da mentira, incapaz de reconhecer os
problemas estruturais. Nem pode, pois isso liquidaria o poder da oligarquia
devolvendo-o à democracia e aos povos.
O
dinheiro é criado, sem controlo do Estado. Cada banco pode emprestar 90% dos
seus depósitos, esta verba pode circular pelo sistema em aplicações
especulativas multiplicando-se na base de retenção de apenas 10%, de
forma que ao fim de um certo número de operações – elas multiplicam-se a uma
velocidade vertiginosa eletronicamente – a verba encontra-se multiplicada, por
ex. quase 7 vezes ao fim de 10 operações. Capital, fictício, que circula sem nada produzir.
Chamaram a isto
“eficiência”, e foi a forma de desviar o planeamento económico do poder público
para os banqueiros. Deu no que deu. Mas eles querem mais e pelos vistos, para
esta gente o problema grave é o salário mínimo ser
aumentado.
Conforme afirma Marx no
Capital, “A usura empobrece e paralisa as forças produtivas em vez de as
desenvolver, não altera o modo de produção mas liga-se a ele como parasita,
impede a produtividade social e o trabalho de se desenvolverem”.
O único “risco sistémico” é
manter a oligarquia monopolista e financeira como detentores de um poder de
chantagem sobre os povos liquidando a democracia. Impõe-se o planeamento
democrático do desenvolvimento, o controlo público do sistema financeiro e a
base do crédito estar apoiada em instituições públicas.